‘Coração acelerou’, diz trabalhador que tomou susto ao receber Pix de R$ 23 mil por engano
05/07/2025
(Foto: Reprodução) Morador de Palmas não pensou duas vezes e devolveu o dinheiro. Não fazer o extorno é considerado crime, segundo especialista. Trabalhador de Palmas recebe R$ 23 mil por engano, mas devolve na mesma hora
Ao ser informado de que havia recebido por engano uma pequena “fortuna” via Pix, o agente de soluções em telecomunicação Wendler Silva, de 30 anos, levou um baque. Ao abrir o aplicativo do banco, viu que havia R$23,3 mil na conta. O caso aconteceu em Palmas.
"Minha reação na hora foi o coração acelerar e ver aquele tanto de dinheiro sem saber de onde que tinha vindo. E ao mesmo tempo a preocupação, de porque aquele dinheiro estava ali na minha conta", lembrou.
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O caso aconteceu no dia 25 de junho de 2025 e, assim que o dono do dinheiro informou a instituição bancária sobre o erro, a gerência entrou em contato com Wendler para providenciar a devolução.
O dinheiro ficou por cerca de 30 minutos em sua conta e ele disse que não pensou duas vezes para fazer a devolução.
"Como ele serviria para mim [o dinheiro] porque eu estava precisando, ele também faria falta para a pessoa que fez errado. E automaticamente o que vinha na minha cabeça era devolver e me livrar daquela situação, porque a gente não sabe, uma hora pode ser ele, outra hora pode ser a gente", completou Wendler.
A funcionária do banco ligou para ele, informou que o dono da 'pequena fortuna' havia confundido o número final da chave do Pix. Por isso a transferência foi parar na conta dele.
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Wendler Silva trabalha em Palmas e se assustou com Pix
Reprodução/TV Anhanguera
Não devolver é crime
Esse tipo de situação pode gerar dor de cabeça caso a pessoa que recebeu o dinheiro não o devolva ao dono. Isso porque, se não houver o estorno, a conduta pode ser considerada crime, podendo, inclusive, levar a sanções judiciais ou até à prisão.
"De forma cível e criminal ela pode responder por apropriação indébita e enriquecimento ilícito. Pode até ficar presa por esses crimes de um a quatro anos", explicou a advogada Daniela Zanata.
Para quem fez a confusão e enviou Pix por engano para outra pessoa, é preciso entrar em contato com o banco responsável para que consiga o extorno. Mas é preciso que essa ação seja realizada imediatamente.
"O tempo é crucial nesses casos porque se você demorar, vai permitir que a pessoa que recebeu esse Pix de forma incorreta possa transferir para outras pessoas. E aí fica mais difícil você reaver os valores e até o banco tomar as medidas cabíveis", completou a advogada.
Wendler Silva devolveu pix que recebeu por engano
Montagem/Wendler Silva/Arquivo Pessoal
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